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Reflexões integradas sobre 03 cursos do IFPA Campus Breves

  • Publicado: Segunda, 24 de Abril de 2023, 17h02
  • Última atualização em Segunda, 24 de Abril de 2023, 17h03
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A formatura das turmas de técnico subsequente em Aquicultura, técnico subsequente em Edificações e tecnologia em Gestão Ambiental, permite algumas reflexões.

A oferta do curso subsequente em Aquicultura tem a possibilidade de mudar paradigmas, alterar a mentalidade milenar, tradicional do extrativismo na Amazônia marajoara. Do mesmo modo como o técnico em Agropecuária e Tecnologia em Agroecologia, técnico em Aquicultura tende a criar, fomentar a cultura produtiva (peixe, camarão etc). O Marajó ainda não é um território agrícola ou aquicola, ou seja, produtivo, mas seu ecossistema tem potencial agrário, pois o predomínio ainda é o extrativismo, embora na transição para o agroextrativismo. Se o agroecossistema marajoara ainda não foi potencializado, a juventude marajoara precisa se conscientizar sobre a importância da Aquicultura para um novo modelo de desenvolvimento socioeconômico, que refletirá de modo positivo nos índices de desenvolvimento humano. A qualidade de vida passa pelo consumo de alimento saudável. O poder público ainda está longe de compreender a importância estratégica da Aquicultura e Agricultura Familiar para a dinâmica socioprodutiva local. A rica e dinâmica sociobiodiversidade do Marajó deve ser considerada em qualquer projeto.

A Tecnologia em Gestão Ambiental (que já cumpriu sua missão no Plano de Desenvolvimento Institucional (2019-2023), pela característica alinhada às recomendações de uso racional e sustentável do meio ambiente, torna-se imprescindível em qualquer projeto socioeconômico, a exemplo a própria Aquicultura. Afinal, a natureza não tem recursos infindáveis. O Marajó hídrico e florestal, mas em crescente urbanização, deve alinhar essa projeção no processo de desenvolvimento territorial. Portanto, Aquicultura e Gestão Ambiental estão integrados. E o curso técnico em Edificações? Além do incontestável fortalecimento da construção civil que reflete no aquecimento econômico local (enfrentando qualquer crise), é um curso bastante demandado. Mas pode redimensionar o potencial. Para uma sociedade em intensiva formação urbanocentrica, residir em cidades passou a ser um modo de vida. E Edificações deve alinhar valores em defesa da qualidade de vida, sustentabilidade no uso dos materiais (integrada à Gestão Ambiental, inclusive na construção de tanques para a Aquicultura conforme a realidade marajoara), numa crescente busca por uma cidade cidadã. A construção civil deve integrar-se, literalmente, ao plano diretor urbano (com a exigência de política de saneamento, transporte urbano, moradia digna e lazer) como direito do cidadão à cidade. E pode ir além. A perspectiva de ofertar Edificações integrado ao ensino médio possibilita redimensionar sua potencialidade, na oferta para novo público-alvo (consciente que nem sempre seguirá a verticalização na graduação, mas fomenta seus valores).

Visando encontrar alternativas para a incerta empregabilidade, todos os cursos precisam estimular nos estudantes a cultura cooperativista, inclusive do empreendedorismo. O mundo do trabalho na era digital e inteligência artificial não significa somente emprego. Vale salientar que o campus ainda não possui a infraestrutura ideal para melhor qualificar as ofertas dos 3 cursos, mas não invalida a qualidade dos profissionais entregues à sociedade. Daí o valor do compromisso e do qualificado quadro de servidores. Que venham novos cursos e tempos de melhores investimentos ao IFPA campus Breves!

Prof. Mário Médice Barbosa
Diretor Geral do IFPA Campus Breves
Portaria 1747/2019 - GAB

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